Olá!
Os acontecimentos envolvendo lideranças no meio cristão brasileiro somente vêm realçar o que já estava acontecendo: um cristianismo híbrido..
Os acontecimentos envolvendo lideranças no meio cristão brasileiro somente vêm realçar o que já estava acontecendo há muito tempo: estão abandonando o cristianismo verdadeiro por um cristianismo híbrido. Este cristianismo híbrido tem misturas com o cristianismo católico romano em sua versão tradicional (tenho amigos e parentes católicos sinceros que vivem um cristianismo bem mais honesto do que muitos chamados evangélicos), com uma mistura de igreja-empresa da fé. Enfim, há em todas as tendências do cristianismo, seja evangélico, seja católico romano, tendências que fogem ao tradicional cristianismo básico nosso de cada dia do perdão dos pecados pelo arrependimento através do sangue de Jesus, da comunhão viva de uns com os outros, da adoração através da ceia, do louvor e estudo da palavra. Pode parecer básico demais, mas é isto que dá vida ao cristianismo real.
Tive a oportunidade de entrar em um destes “impérios denominacionais” da prosperidade para assistir um culto. O que eu senti? Sendo franco: fui aberto porque acho que a unção de Deus atua mesmo quando estamos errados (ela não sai de um homem que a tem em um instante, às vezes demora anos). Um vazio enorme brotou no meu coração como se eu estivesse em um culto ao humano. Tentei sentir a presença de Deus, pois sou muito sensível a ela, mas nada! Senti uma atmosfera humanista, como se aquele “império” fosse para o homem. Meu coração entristecido saiu daquele lugar, apesar de que sei, como o Ap. Paulo diz: preguem por inveja, ou em concordância, o importante é que preguem. Deus usa a Palavra Dele para salvar, mesmo que ela saia de um falso profeta como Balaão (Num. 22); Balaão foi obrigado por Deus a abençoar o povo de Israel, mesmo sendo seu desejo de amaldiçoar e ganhar de Balaque sua recompensa.
A começar pela desvalorização da Presença de Deus vamos caminhando neste cristianismo híbrido e observando suas intenções, são nelas que mora o perigo:
1) A teologia da prosperidade: esta oculta uma falsa coleta para que o Reino de Deus cresça, na verdade é para que aquela igreja cresça. Esta prosperidade é somente para aquela denominação, tudo conseguido não é repartido com as outras igrejas, nem a preço alto.
2) Valorização de fetiches (lenços, venda de material ungido em Israel, etc.). Tudo visa à arrecadação.
3) O atendimento pastoral é quase inexistente. O líder no palco é inatingível.
4) Organização empresarial de estabelecimento de metas: a igreja deixa de ser a comunhão amorosa do corpo, o calor do Espírito de um para outro, mesmo em meio a problemas, para ser uma empresa da fé. Há metas para financeira para montar igreja, como se fossem franquias.
5) Pouca valorização do estudo da Palavra com profundidade, aliás, isto é perigoso para movimentos unilaterais, com lideranças unilaterais.
Não há do que espantar-se com os últimos acontecimentos! Deus não deixa de usar nada que usa sua Palavra, isto não quer dizer que Ele avaliza. Cada um cuida de si para que não caia. O que acusa hoje pode ser amanhã o que está fazendo o mesmo, isto não é sincero, assim até para analisarmos temos que ter temor. O segredo é manter a sinceridade e a singeleza da fé (At. 2:47), assim será difícil não manter um cristianismo sincero.
Se você quer ser verdadeiramente mais feliz busque ser sincero, não se ache “santo” demais, cresça, enfrente estradas e jornadas, mesmo que tenha pedras e lembre-se: a recompensa é a sabedoria, é a sinceridade, porque com elas vem a paz do Espírito.
Paz do Verbo,
Silvério Peres
Um excelente final de semana a todos!
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